quarta-feira, 6 de junho de 2012

O Brasil diante da Crise Mundial

     O Brasil seja pelas estruturas de articulação da economia , seja pelo receituário da economia política oficial, será arrastado, independente da força da organização subjetiva da classe revolucionária no país, ao inexorável abismo da erosão do paradigma do valor.
     O governo da presidenta Dilma Rousseff está beirando o abismo da crise do capital que se desenrola nos países de economia avançada e centros imperialistas, nomeadamente nos EUA, União Europeia e Japão. Embora seja mais visível nos países periféricos da Europa do Euro (Grécia, Irlanda, Portugal, Espanha, Itália, Holanda, etc.), seu epicentro está na Alemanha, Inglaterra e França, a exemplo do Japão para o sudeste asiático e dos Estados Unidos para a América do Norte e o mundo. É importante destacar este fato porque a crise se apresenta num quadro complexo, a bancarrota das dívidas públicas dos países da periferia escondem os dados reais sobre sua natureza objetiva e significado histórico, confundem-se com as crises gerais ou setoriais da estrutura do sistema que se apresentam ciclicamente (ou conjunturalmente) na indústria (Juglar), estoque/comercial (Kitney), ou financeira (Schumpeter) ou até mesmo as que condensam todos estes fatores em aspectos de uma crise de longa duração (Kondratiev). Mas, se a crise atual constitui-se num fenômeno qualitativamente novo, que fundamento teria para arrastar o Brasil e a América do Sul, seguindo a lógica do bloco continental da geopolítica mundial, em seu moinho de vento?
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário