O Brasil seja pelas estruturas de articulação da economia , seja pelo
receituário da economia política oficial, será arrastado, independente
da força da organização subjetiva da classe revolucionária no país, ao
inexorável abismo da erosão do paradigma do valor.
O governo da presidenta Dilma
Rousseff está beirando o abismo da crise do capital que se desenrola nos
países de economia avançada e centros imperialistas, nomeadamente nos
EUA, União Europeia e Japão. Embora seja mais visível nos países
periféricos da Europa do Euro (Grécia, Irlanda, Portugal, Espanha,
Itália, Holanda, etc.), seu epicentro está na Alemanha, Inglaterra e
França, a exemplo do Japão para o sudeste asiático e dos Estados Unidos
para a América do Norte e o mundo. É importante destacar este fato
porque a crise se apresenta num quadro complexo, a bancarrota das
dívidas públicas dos países da periferia escondem os dados reais sobre
sua natureza objetiva e significado histórico, confundem-se com as
crises gerais ou setoriais da estrutura do sistema que se apresentam
ciclicamente (ou conjunturalmente) na indústria (Juglar),
estoque/comercial (Kitney), ou financeira (Schumpeter) ou até mesmo as
que condensam todos estes fatores em aspectos de uma crise de longa
duração (Kondratiev). Mas, se a crise atual constitui-se num fenômeno
qualitativamente novo, que fundamento teria para arrastar o Brasil e a
América do Sul, seguindo a lógica do bloco continental da geopolítica
mundial, em seu moinho de vento?
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