segunda-feira, 7 de julho de 2014

O Plano Nacional de Educação e a luta dos trabalhadores


   A batalha recente por mais verbas para a educação não se localizava nas
proximidades dos estádios onde vai ocorrer a Copa do Mundo, mas sim no Congresso Nacional.
    Há quatro anos Câmara e Senado debatiam o projeto do novo Plano Nacional de Educação (PNE) destinado a definir os rumos da educação nacional para o período 2011-2020. De imediato, salta aos olhos a demora de três anos para sua aprovação.
     Quais as dificuldades para se chegar a um acordo?
    É fato corrente que nas últimas décadas houve um crescimento significativo do acesso à escola, mas além de um conhecimento cada vez mais restrito a pontos específicos da ciência e da técnica, chama a atenção de todos os interessados no problema da educação a baixa qualidade da formação dos estudantes. O acesso ao ensino fundamental praticamente se universalizou, já que 97% dos brasileiros entre 7 e 14 anos estão matriculados.
    O analfabetismo funcional sofreu uma queda nos últimos 12 anos: em 2002 o Brasil apresentava um total de 32,1 milhões de analfabetos funcionais, o que representava 26% da população entre 15 anos ou mais de idade; hoje representa 18%. Nos últimos 12 anos foram criadas 14 universidades. É uma situação tão grave que mesmos os avanços parecem pouco notados. Como explicar esse quadro? 

Essa matéria foi publicada na Edição 473 do Jornal Inverta, em 26/06/2014