A morte de Hugo Chávez Frías, líder
incontestável da Revolução Bolivariana na Venezuela e expressão
singular da plêiade de lideranças, que a partir dos anos 90,
fulgurara no cenário político da América Latina, em resistência à
estratégia neoliberal do imperialismo estadunidense abre uma nova
fase no processo revolucionário na Venezuela com profundas
repercussões no continente latino-americano e luta dos povos
oprimidos no mundo.
Na Venezuela a questão fundamental que se
apresentará é até que ponto a Revolução Bolivariana consolidou
raízes e lideranças junto ao povo venezuelano capazes de ir além
em sua marcha rumo ao Socialismo do Século XXI. O que remete à
questão teórica da simbiose entre as ideias libertárias de Simón
Bolívar e próceres da luta pela independência da América Latina
com as ideias revolucionárias do marxismo-leninismo ao estilo do
caminho que se seguiu em Cuba, de Martí a Fidel. Em termos da
América Latina a questão que se apresenta é até que ponto o
processo interno na Venezuela reduzirá suas relações econômicas e
políticas solidárias com o processo revolucionário na América
Latina e Oriente Médio, revertendo o impulso dado por Chávez à
soberania econômica e política frente aos Estados Unidos.