segunda-feira, 24 de setembro de 2012

21º Aniversário do Inverta e 20º do Granma Internacional: Uma demonstração de Resistência e Convicção aos Princípios da Revolução e do Socialismo.

     O Jornal Inverta nasceu em um processo histórico em que a luta revolucionária no mundo chega ao cume de uma crise de paradigma ou modelo revolucionário que se consolidou na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e inspirou os demais movimentos revolucionários fundados no proletariado, campesinato e camadas médias e foi copiada de forma mais ou menos caricata por outros. Com o desmoronamento da URSS e seu Partido Comunista, combinando-se com uma grande ofensiva do capital imperialista através das oligarquias financeiras, se levantaram, tanto as tendências reformistas e revisionistas, quanto os esquerdistas e anarquistas, liderados pelas camadas médias e pequena burguesia; na verdade, velhas tendências pintadas de fresco em alternativa ao convívio mais ou menos pacífico e subsumido à ordem legal do capital neste período de reação e baixa revolucionária. 

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

O PAPEL DO JORNAL NA REVOLUÇÃO - INVERTA 21 ANOS DE LUTA

INVERTA Nº 0
      "O Papel do Jornal na Revolução" é um tema muito amplo e complexo. Falar de nossa possibilidade de comunicação com as massas operárias, com os trabalhadores, com aqueles que fazem realmente a revolução, tornou-se o grande desafio de todo o revolucionário nesse momento. O mundo se transformou muito, as lutas sociais, ao longo do processo revolucionário, desde a luta histórica da classe operária, levaram a que a burguesia aperfeiçoasse cada vez mais o seu aparelho de dominação, seu aparelho ideológico, o seu aparelho de controle das massas, o seu poder de comunicação. E os revolucionários tiveram muitas dificuldades de manter, ao mesmo tempo, um desenvolvimento capaz de responder a essa situação com forma de organização e meio de comunicação capazes de atingir a ampla massa. Todos sabem que uma televisão hoje atinge cerca de 70 milhões de pessoas em um segundo.
      Vivemos um momento pós-queda do campo socialista do Leste Europeu, onde há dois pontos importantes e uma contradição. Há uma profunda regressão do processo de evolução política da humanidade, porque existe uma carga ideológica muito grande. Estamos sofrendo uma grande ofensiva do imperialismo sobre os trabalhadores em todos os aspectos sociais, na economia, na política, na ideologia, ao nível internacional. É uma campanha orquestrada, com força o suficiente para chegar em todos os campos. Hoje, a idéia de globalização é a que integra os diferentes povos ao ritmo do capital, do capital financeiro das oligarquias que comandam tudo isso.
      A humanidade passa por um momento, que nós poderíamos qualificar como aqueles momentos que Marx cita no Manifesto do Partido Comunista, como um aparente retrocesso à barbárie, porque o crime é incontrolável, não só aqui, no Terceiro Mundo, mas na Europa, nos Estados Unidos, na Alemanha, em todos os locais ditos do mundo desenvolvido. O nível de violência e de degradação moral a que chegou a sociedade é um estado de semi-barbárie..." 


Aluísio Beviláqua do Conselho Editorial publicada no Jornal INVERTA n°131. Extraído da Palestra sobre o tema, realizada no dia 18 de outubro de 1997, no Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro.