Tarefas imediatas dos comunistas revolucionários em 2012
A afirmação da crise do capital como âncora tendencial, que demarca os limites elípticos das tendências políticas e ideológicas que orientam as estratégias de ações das classes sociais em luta, se sustenta em tese plausível e comprovável tanto teórica quanto empiricamente. Teoricamente se sustenta na interpretação da teoria de Marx em termos da crise de mensuração de valor, ou seja, na perda da efetividade do paradigma de mensuração do valor e riqueza social deduzida da relação tempo/trabalho socialmente necessário, dada a aplicação da ciência e da técnica, em escala cada vez maior, alterando a composição orgânica drasticamente, tendendo a reduzir o parâmetro de mensuração tempo/trabalho necessário ao estilo do sofisma de Zenão, visto que este parâmetro não é suficiente para mensurar o próprio valor da ciência e da técnica incorporadas ao processo de produção em máquinas e materiais, em substituição ao trabalho humano direto – desgaste da força muscular, nervos e intelecto – e indireto – vigilância e controle da produção – esvanecendo a linha divisória entre trabalho vivo e trabalho morto, exigindo a mudança de paradigma do valor trabalho para o valor tempo livre.
Esta pedra filosofal desencavada dos rascunhos de “O Capital” – “Grundrisse” – (MARX, 2009), embora não seja uma questão nova como atestaram o próprio Marx (Notas Marginais ao Tratado de Economia Política de Adolph Wagner, 1879), Engels (O Capital, Livro III, 1894) e Lenine (1985), se tornou a pedra de toque do marxismo de cátedra atual, pasmando suas versões desta formulação de Marx, ora absolutizando-a, ora relativizando-a, ora desviando-se da mesma, tal como se pode observar na formulação de Kurz (1992), Mèszáros (2002), Lebowitz (2005), Arrighi (2008), Amin (2011), entre os mais destacados. A tese de Kurz, do fim do trabalho, resulta da aplicação absolutizada da tendência de perda de validade da relação tempo/trabalho necessário na leitura categórica do sistema do capital. Desclassifica o conceito de luta de classes, pois não é considerado por ele como parte do núcleo mais permanente ou abstrato da teoria marxista, porém como parte temporal e histórica extrapolada da composição do valor entre tempo excedente e tempo necessário (ou valor de troca e valor de uso). Sem este último resta, tão somente, tempo excedente, ou valor abstrato (o capital), que exige uma nova estrutura temporal e histórica, logo um novo paradigma liberto do trabalho. Mèszáros também caminha pelas mesmas águas turvas, contudo, relativiza a formulação de Marx mediatizando-a com o conceito da Taxa de Utilização Decrescente. Sua tese da destruição produtiva (derivada da formulação de Schumpeter combinada com a reprodução ampliada e subconsumo de Rosa de Luxemburgo) relativiza a autonomização do valor abstrato em relação ao valor de uso, e isto permite a sobrevida do capital até chegar aos seus limites absolutos, constituindo a crise estrutural do sistema do capital. Sua tese conclui, como Kurz, pela sobrevida do capital para além e para aquém do sistema capitalista, logo, permitindo e até mesmo definindo uma nova modalidade de transição do capitalismo ao socialismo que designa como sociedade pós-capitalista.
Esta pedra filosofal desencavada dos rascunhos de “O Capital” – “Grundrisse” – (MARX, 2009), embora não seja uma questão nova como atestaram o próprio Marx (Notas Marginais ao Tratado de Economia Política de Adolph Wagner, 1879), Engels (O Capital, Livro III, 1894) e Lenine (1985), se tornou a pedra de toque do marxismo de cátedra atual, pasmando suas versões desta formulação de Marx, ora absolutizando-a, ora relativizando-a, ora desviando-se da mesma, tal como se pode observar na formulação de Kurz (1992), Mèszáros (2002), Lebowitz (2005), Arrighi (2008), Amin (2011), entre os mais destacados. A tese de Kurz, do fim do trabalho, resulta da aplicação absolutizada da tendência de perda de validade da relação tempo/trabalho necessário na leitura categórica do sistema do capital. Desclassifica o conceito de luta de classes, pois não é considerado por ele como parte do núcleo mais permanente ou abstrato da teoria marxista, porém como parte temporal e histórica extrapolada da composição do valor entre tempo excedente e tempo necessário (ou valor de troca e valor de uso). Sem este último resta, tão somente, tempo excedente, ou valor abstrato (o capital), que exige uma nova estrutura temporal e histórica, logo um novo paradigma liberto do trabalho. Mèszáros também caminha pelas mesmas águas turvas, contudo, relativiza a formulação de Marx mediatizando-a com o conceito da Taxa de Utilização Decrescente. Sua tese da destruição produtiva (derivada da formulação de Schumpeter combinada com a reprodução ampliada e subconsumo de Rosa de Luxemburgo) relativiza a autonomização do valor abstrato em relação ao valor de uso, e isto permite a sobrevida do capital até chegar aos seus limites absolutos, constituindo a crise estrutural do sistema do capital. Sua tese conclui, como Kurz, pela sobrevida do capital para além e para aquém do sistema capitalista, logo, permitindo e até mesmo definindo uma nova modalidade de transição do capitalismo ao socialismo que designa como sociedade pós-capitalista.